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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Emulsão de Scott

A Imagem grande pra quem não conseguiu ler! Dia 05/05 Heim galera!!!
(Clicando na imagem, ela abre no tamanho original)

Adriana - Temas do trabalho

Publicidade e Propaganda/CL/1o. ano
Ciências Sociais
Profa. Adriana de Oliveira Silva

30/4 sex (2 aulas): Émile Durkheim (cont.)
Texto básico: “A concepção funcionalista da sociedade: o positivismo de Émile Durkheim”, Paulo Meksenas, in: Sociologia, São Paulo, Editora Cortez, 1990.

6/5 qui (1 aula): A sociologia como crítica do capitalismo - introdução ao pensamento de Karl Marx

7/5 sex (2 aulas): Marxismo e socialismo: principais conceitos
Textos básicos para as aulas de 6 e 7 de maio: 1. “A organização social capitalista na concepção histórico-crítica”, Paulo Meksenas, p. 71-82; 2. “O conceito de alienação”, Leôncio Basbaum, p. 90-91; 3. “O conceito de ideologia”, Ciro Marcondes Filhos, todos os três textos in: Sociologia, São Paulo, Editora Cortez, 1990, p. 92-94.

13 qui (1 aula): Desdobramentos das correntes sociológicas no mundo
Texto básico: “Sociologia e sociedade”, Dalva Maria Bertoni Bedone, in: Introdução às ciências sociais, Campinas, Papirus, 2005, p. 27-38.

14 sex_(2 aulas): Política e Estado
Texto básico: a definir.

20 qui (1 aula): Formas de governo: monarquia e república, e sistemas de governo; parlamentarismo e presidencialismo
Texto básico: apostila em power-point.

21 sex (2 aulas): Democracia e regimes autoritários/totalitarismo
Texto básico: apostila em power-point.

27 qui (1 aula): Democracia e regimes autoritários/totalitarismo (cont.)

28 sex (2 aulas): Organização política brasileira
Texto básico: apostila em power-point

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciencias Sociais 23/04

A sociologia de Durkheim (1858-1917)

COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo, Ed. Moderna, 2005. Cap. 5.

O QUE É FATO SOCIAL
Embora Comte seja considerado o pai da sociologia e lhe tenha dado esse nome, Durkheim é apontado como um de seus primeiros grandes teóricos. Ele e seus colaboradores se esforçaram por emancipar a sociologia das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina rigorosamente científica. Em livros e cursos, sua preocupação foi definir com precisão o objeto, o método e as aplicações dessa nova ciência.
Imbuído dos princípios positivistas, Durkheim queria definir com rigor a sociologia como ciência, estabelecendo seus princípios e limites e rompendo com as idéias de senso comum — os "achismos" — que interpretavam a realidade social de maneira vulgar e sem critérios.
Em uma de suas obras fundamentais, As regras do método sociológico, publicada em 1895, Durkheim definiu com clareza o objeto da sociologia — os fatos sociais.
De acordo com as idéias defendidas nesse trabalho, para o autor, o fato social é experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente e preexistente. Assim, são três as características básicas que distinguem os fatos sociais. A primeira delas é a "coerção social", ou seja, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a con¬formarem-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente de sua vontade e escolha. Essa força se manifesta quando o indivíduo desenvolve ou adquire um idioma, quando é criado e se submete a um determinado tipo de formação familiar ou quando está subordinado a certo código de leis ou regras morais. Nessas circunstâncias, o ser humano experimenta a força da sociedade sobre si.
A força coercitiva dos fatos sociais se torna evidente pelas "sanções legais" ou "espontâneas" a que o indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra ela. "Legais" são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se define a infração e se estabelece a penalidade correspondente. "Espontâneas" são as que afloram como resposta a uma conduta considerada inadequada por um grupo ou por uma sociedade. Multas de trânsito, por exemplo, fazem parte das coerções legais, pois estão previstas e regulamentadas pela legislação que regula o tráfego de veículos e pessoas pelas vias públicas. Já os olhares de reprovação de que somos alvo quando comparecemos a um local com a roupa inadequada constituem sanções espontâneas. Embora não codificados em lei, esses olhares têm o poder de conduzir o infrator para o comportamento esperado. Durkheim dá o seguinte exemplo das sanções espontâneas:

Se sou industrial, nada me proíbe de trabalhar utilizando processos e técnicas do século passado; mas, se o fizer, terei a ruína corno resultado inevitável.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1963. p. 3.

O comportamento desviante num grupo social pode não ter penalidade prevista por lei, mas o grupo pode espontaneamente reagir castigando quem se comporta de forma discordante em relação a determinados valores e princípios. A reação negativa da sociedade a certa atitude ou comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora do que a lei. Jogar lixo no chão ou fumar em certos lugares — mesmo quando não proibidos por lei nem reprimidos por penalidade explícita — são comportamentos inibidos pela reação espontânea dos grupos que a isso se opõem. Podemos observar ação repressora até mesmo nos grupos que se formam de maneira espontânea como as gangues e as "tribos", que acabam por impor a seus membros uma determinada linguagem, indumentária e formas de comportamento. Apesar dessas regras serem informais, uma infração pode resultar na expulsão do membro insubordinado.
A "educação" — entendida de forma geral, ou seja, a educação formal e a informal — desempenha, segundo Durkheim, uma importante tarefa nessa conformação dos indivíduos à sociedade em que vivem, a ponto de, após algum tempo, as regras estarem internalizadas nos membros do grupo e transformadas em hábitos. O uso de uma determinada língua ou o gosto por determinada comida são internalizados no indivíduo, que passa a considerar tais hábitos como pessoais. A arte também representa um recurso capaz de difundir valores e adequar as pessoas a determinados hábitos. Quando, numa comédia, rimos do comportamento de certos personagens colocados em situações críticas, estamos aprendendo a não nos comportarmos como ele. Nosso próprio riso é uma forma de sanção social, na encenação ou mesmo diante da realidade concreta.
A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, sendo, assim, "exteriores aos indivíduos". Ao nascermos já encontramos regras sociais, costumes e leis que somos coagidos a aceitar por meio de mecanismos de coerção social, como a educação. Não nos é dada a possibilidade de opinar ou escolher, sendo assim independentes de nós, de nossos desejos e vontades. Por isso, os fatos sociais são ao mesmo tempo "coercitivos" e dotados de existência exterior às consciências individuais.
A terceira característica dos fatos sociais apontada por Durkheim é a "generalidade". É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles; que ocorre em distintas sociedades, em um determinado momento ou ao longo do tempo. Por essa generalidade, os acontecimentos manifestam sua natureza coletiva, sejam eles os costumes, os sentimentos comuns ao grupo, as crenças ou os valores. Formas de habitação, sistemas de comunicação e a moral existente numa sociedade apresentam essa generalidade.

A OBJETIVIDADE DO FATO SOCIAL
Identificados e caracterizados os "fatos sociais", Durkheim procurou definir o método de conhecimento da sociologia. Para ele, como para os positivistas de maneira geral, a explicação científica exige que o pesquisador estabeleça e mantenha certa distância e neutralidade em relação aos fatos, procurando preservar a objetividade de sua análise.
Segundo Durkheim, para que o sociólogo consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los de acordo com seus desejos e interesses particulares, deve deixar de lado seus valores e sentimentos pessoais em relação àquilo que está estudadando. Para ele, tudo que nos mobiliza — nossas simpatias, paixões e opiniões —, dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir o que vemos com aquilo que queremos ver. Essa neutralidade em face da realidade, tão valorizada pelos positivistas, pressupõe o não-envolvimento afetivo, ou de qualquer outra espécie, entre o cientista e seu objeto.
Levando às últimas conseqüências essa proposta de distanciamento cognitivo entre o cientista e seu objeto de estudo, assumido pelas ciências naturais, Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos sociais como "coisas", isto é, objetos que lhe são exteriores. Diante deles, o cientista, isento de paixão, desejo ou preconceito, dispõe de métodos objetivos, como a observação, a descrição, a comparação e o cálculo estatístico, para apreender suas regularidades. Deve o sociólogo manter-se afastado também das opiniões dadas pelos envolvidos. Tais opiniões, juízos de valor individuais, podem servir de indicadores dos fatos socais, mas mascaram as leis de organização social, cuja racionalidade só é acessível ao cientista. Para levar essa racionalidade ao extremo, Durkheim propõe o exercício da dúvida metódica, ou seja, a necessidade do cientista inquirir sempre sobre a veracidade e objetividade dos fatos estudados, procurando anular, sempre, a influência de seus desejos, interesses e preconceitos.
Para identificar os fatos sociais entre os diversos acontecimentos da vida, Durkheim orienta o sociólogo a se ater aos acontecimentos mais gerais e repetitivos e que apresentem características exteriores comuns. De acordo com esses critérios, são fatos sociais, por exemplo, os crimes, pois existem em toda e qualquer sociedade e têm como característica comum provocarem uma reação negativa, concreta e observável da sociedade contra quem os pratica, a que podemos chamar de "penalidade". Agindo dessa forma objetiva e apreendendo a realidade por suas características exteriores, o cientista pode analisar os crimes e suas penalidades sem entrar nas discussões de caráter moral a respeito da criminalidade, o que, apesar de útil, nada tem a ver com o trabalho científico do sociólogo. Buscando o que caracteriza o crime por suas evidências, o sociólogo se exime de opiniões, assim como prescinde da opinião — sempre contraditória e subjetiva — a respeito dos fatos que estão sendo estudados.
A generalidade é um aspecto importante para a identificação dos fatos sociais que são sempre manifestações coletivas, distinguindo-se dos acontecimentos individuais, ou acidentais. É ela que ajuda a distinguir o essencial do fortuito e aponta para a natureza sociológica dos fenômenos.

SOCIEDADE: UM ORGANISMO EM ADAPTAÇÃO
Para Durkheim, a sociologia tinha por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar soluções para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresenta estados que podem ser concedêramos estados "normais" ou "patológicos", isto é, saudáveis ou doentios.
Durkheim considera um fato social como "normal" quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou sua evolução. Assim, por exemplo, afirma que o crime é normal não apenas por ser encontrado em toda e qualquer sociedade e em todos os tempos, mas também por representar um fato social que integra as pessoas em torno de determinados valores. Punindo o criminoso, os membros de uma coletividade reforçam seus princípios, renovando-os. O crime tem, portanto, uma importante função social.
A "generalidade" de um fato social, isto é, sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão.
Partindo, pois, do princípio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade consigo mesma e com as demais saciedades, e que essa harmonia é conseguida por meio do consenso social, a "saúde" do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos. Quando um fato põe em risco a harmonia, o acordo, o consenso e, portanto, a adaptação e a evolução da sociedade, estamos diante de um acontecimento de caráter mórbido e de uma sociedade doente.
Portanto, "normal" é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população. "Patológico" é aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. Os fatos patológicos, como as doenças, são considerados transitórios e excepcionais.

CONSCIÊNCIA COLETIVA
Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua "consciência individual", seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de "consciência coletiva".
A definição de consciência coletiva aparece pela primeira vez na sua obra Da divisão do trabalho social. Trata-se do "conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma saciedade" que "forma um sistema determinado com vida própria".
A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas está espalhada por toda a sociedade. Ela revelaria, segundo Durkheim, o "tipo psíquico da sociedade", que não seria apenas o produto das consciências individuais, mas algo diferente, que se imporia aos indivíduos e perduraria através das gerações.
A consciência coletiva é, em certo sentido, a forma moral vigente na sociedade. Ela aparece como um conjunto de regras fortes e estabelecidas que atribuem valor e delimitam os atos individuais. É a consciência coletiva que define o que, numa sociedade, é considerado "imoral", "reprovável" ou "criminoso".

MORFOLOGIA SOCIAL: AS ESPÉCIES SOCIAIS
Para Durkheim, a sociologia deveria ter ainda por objetivo comparar as diversas sociedades. Constituiu assim o campo da morfologia social, ou seja, a classificação das espécies sociais, numa nítida referência às espécies estudadas em biologia. Essa referência, utilizada também em outros estudos teóricos, tem sido considerada errônea uma vez que todo comportamento humano, por mais diferente que se apresente, resulta da expressão de características universais de uma mesma espécie.
Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído a partir da horda, a forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento em que os indivíduos se assemelhavam aos átomos, isto é, se apresentavam justapostos e iguais. Desse ponto de partida, foi possível uma série de combinações das quais originaram-se outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos.
Para Durkheim, o trabalho de classificação das sociedades — como tudo o mais — deveria ser efetuado com base em apurada observação experimental. Dado o fato de que as sociedades variam de estágio, apresentando formas diferentes de organização social que tornam possível defini-las como "inferiores" ou "superiores", como o cientista classifica os fatos normais e os anormais em cada sociedade? Para Durkheim a normalidade só pode ser entendida em função do estágio social da sociedade em questão:

... do ponto de vista puramente biológico, o que é normal para o selvagem não o é sempre para o civilizado, e vice-versa.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico
E continua:

Um fato social não pode, pois, ser acoimado de normal para uma espécie social determinada senão em relação com uma fase, igualmente determinada, de seu desenvolvimento.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico

DURKHEIM E A SOCIOLOGIA CIENTÍFICA
Durkheim se distingue dos demais positivistas porque suas idéias ultrapassaram a reflexão filosófica e chegaram a constituir um todo organizado e sistemático de pressupostos teóricos e metodológicos sobre a sociedade.
O empirismo positivista, que pusera os filósofos diante de uma realidade social a ser imaginada, transformou-se, em Durkheim, numa rigorosa postura empírica, centrada na verificação dos fatos que poderiam ser observados, mensurados e relacionados por meio de dados coletados diretamente pelo cientista. Encontramos em seus estudos um inovador e fecundo uso da matemática estatística e uma integrada utilização das análises qualitativa e quantitativa. Observação, mensuração e interpretação eram aspectos complementares do método durkheimiano.
Para a elaboração dessa postura, Durkheim procurou estabelecer os limites e as diferenças entre a particularidade e a natureza dos acontecimentos filosóficos, históricos, psicológicos e sociológicos. Elaborou um conjunto coordenado de conceitos e de técnicas de pesquisa que, embora norteado por princípios das ciências naturais, guiava o cientista para o discernimento de um objeto de estudo próprio e dos meios adequados para interpretá-lo.
Ainda que preocupado com as leis gerais capazes de explicar a evolução das sociedades humanas, Durkheim ateve-se também às particularidades da sociedade em que vivia, aos mecanismos de coesão dos pequenos grupos e à formação de sentimentos comuns resultantes da convivência social. Distinguiu diferentes instâncias da vida social e seu papel na organização social, como a educação, a família e a religião. Pode-se dizer que já se delineava uma apreensão da sociologia em que se relacionavam harmonicamente o geral e o particular.

Ciencias Sociais 22/04

Cientificismo, ilustração e darwinismo social

(Resumo dos capítulos 2 e 3 do livro Sociologia: uma introdução à ciência da sociedade, Cristina Costa, Editora Moderna, 2005)

Uma nova etapa no pensamento burguês

- Transição da sociedade medieval para o capitalismo moderno, que é um sistema econômico focado na produção e na troca, na expansão comercial, na circulação crescente de mercadorias e de bens materiais.

- Rompe-se a ordem feudal estamental e fundiária e emergia uma sociedade individualista e financista

- O homem medieval: espiritualista, contido e gregário.

- O homem moderno ama a vida, busca a satisfação de suas necessidades de forma individual e cultiva sua subjetividade.

- As cidades ganharam vida: urbanização.

- Vida terrena e material: as preocupações com a vida após a morte e com as verdades transcendentais passam para o segundo plano.

- Mudança no lucro: da economia de subsistência à economia financista, ou seja, descobrir qual é o valor máximo que os compradores se mostram dispostos a pagar pelos produtos.

- As grandes navegações ocorreram nesse cenário.

O cientificismo

- O comércio realizado pelos burgueses acaba por influenciar a produção e estimulá-la.

- Máquina = planejamento e racionalidade.

- O conhecimento se desprende também do visível para apreender realidades interiores e invisíveis, só discerníveis pelo uso adequado da investigação racional.

A sociedade inteligível (passível do conhecimento pelo homem)

- Individualismo e laicidade: a curiosidade científica se dirige compreensão da sociedade, que passa a ser vista como uma realidade diferente e própria, sobre a qual interferem os homens como agentes.

- A república e a monarquia são encaradas como formas de intervenção do homem na realidade e não como resultado do acaso ou do destino da humanidade.

- Nação: conjunto organizado de relações intersocietárias.

- A Ilustração, movimento filosófico que sucedeu o Renascimento, ba­seava-se na firme convicção da razão como fonte de conhecimento, na crítica a toda adesão ao obscurantismo e a toda crença sem fundamentos racionais, assim como na incessante busca pela realização humana.

-A sociedade como um organismo vivo, ou seja, composto de partes interdependentes, cada uma delas com características e necessidades próprias.

- Os filósofos da Ilustração aprofundam o estudo das relações sociais, o desenvolvimento das análises abstratas da realidade e a capacidade de criar modelos explicativos para o funcionamento da vida social.

A emergência do pensamento social em bases científicas

Por trás da ação política propriamente dita havia todo um questionamento a respeito das peculiaridades da vida humana e da sociedade. Essa filosofia social gerou tendências e escolas de pensamen­to que desembocaram nas primeiras formulações sociológicas. Vejamos quais foram essas propostas e como pensaram a vida social.

As consequências do desenvolvimento econômico e científico são o umperalismo e superprodução: ultrapassar os limites da Europa era a única saída para garantir a sobrevivência das indústrias e os lucros dos bancos.

Darwinismo

Os países europeus tiveram de lidar com civilizações organizadas sob princípios diferentes dos seus, como o politeísmo, a poligamia, formas de poder tradicionais, castas sociais sem qualquer tipo de mobilidade, economia baseada na agricultura de subsistência, no pequeno comércio local e no artesanato doméstico, características que rotularam como incivilizadas.

Daí os europeus dizerem que ao colonizarem novas regiões empreendiam uma "missão civilizadora".

Para explicar a evolução biológica das espécies animais, Charles Darwin obsevou que a seleção natural pressiona as espécies no sentido da sua adaptação ao ambiente, obrigando-as a se transformar continuamente com a finalidade de se aperfeiçoar e garantir a sobrevivência.

Em conseqüência, os organismos tendem a se adaptar cada vez melhor ao ambiente, criando formas mais complexas e avançadas de vida, que possibilitam, pela competição natural, a sobrevivência dos seres mais aptos e evoluídos.

Darwinismo social

Baseia-se no princípio de que as sociedades se modificam e se desenvolvem de forma semelhante aos organismos biológicos, e que as transformações seriam sempre a passagem de um estágio inferior para um superior, no qual o organismo social se mostraria mais evoluído, adaptado e complexo.

Povos “incivilizados” = "fósseis vivos", exemplares de estágios anteriores, "primitivos" do passado da humanidade.

Organicismo: defende que existem caracteres universais presentes nos mais diversos organismos vivos, dispostos sob a forma de órgãos e sistemas, cuja função principal é a preservação do tecido social. procura estabelecer a semelhança entre leis biológicas e leis sociais, entre hereditariedade e história.

Crítica ao darwinismo social

A transposição de conceitos físicos e biológicos para o estudo das sociedades e do comportamento humano causou erros interpretativos graves ao submeter a complexidade da cultura humana à ação da lei de seleção natural.

Duas formas de avaliar as mudanças sociais

"Ordem e progresso": dois tipos desejáveis de transformação social.

Progresso: O caminho à evolução: as sociedades se transformam segundo a lei universal da evolução, evoluindo da mais simples à mais complexa, da menos avançada à mais evoluída.

Ordem: Ajustar todos os indivíduos às condições estabelecidas como civilizadas, para garantir o melhor funcionamento da sociedade, o bem-comum e os anseios da maioria da população.

Conclusão os movimentos reivindicatórios, os conflitos, as revoltas deveriam ser contidos sempre que pusessem em risco a ordem estabelecida ou o funcionamento da sociedade, ou quando prejudicassem o progresso.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atividades Complementares NEAD - Iris

Pessoal aqui estão as duas atividades que a professora Iris pediu para próxima quinta-feira!


Exercício 1
____________________________________________________________________________________

1. Há milhares de anos, o homem se comunicava por meio da comunicação gestual, composta por um arsenal de recursos comunicativos não-verbais. Na trilha de sua evolução, o homem buscou interpretar o mundo de maneira mais ordenada, o que possibilitou uma forma de comunicação mais racional e objetiva, a comunicação oral. Mas foi a invenção da escrita que fez com que o homem deixasse a pré-história para entrar para a história.
a-) Explique o que a invenção da escrita representou para a humanidade

b-) Quais foram as condições para o surgimento da escrita?

c-) Relate a evolução e as características da escrita (desde a cuneiforme, hieróglifos, escrita fonética, etc.)

d-) Como surge o alfabeto e como se deu sua evolução até a invenção do latim pela civilização romana?

e-) Comente sobre os vários meios encontrados para registro da escrita: da argila ao papel.





Exercício 2
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1. A cultura manuscrita foi impulsionada pela invenção do papiro e do pergaminho, suportes para a escrita bem mais leve que as placas de argila, que facilitaram a troca de informação e o início da difusão do conhecimento. Desta cultura, surgiram, a partir do Século XV as gazetas manuscritas. Defina a gazeta manuscrita e cite suas principais características.

2. A xilografia é a técnica de impressão na qual utiliza-se placas de madeira como matriz. Esta técnica possibilita a reprodução de imagens e textos sobre o papel ou outro suporte adequado, por exemplo, o pergaminho. Durante séculos, a xilografia esteve diretamente vinculada à impressão de textos religiosos e imagens sacras. No Século XV ganhou independência e tornou um ramo das artes plásticas. Relate quais os avanços que está técnica de impressão e os livros xilográficos trouxeram para a sociedade. Defina também quais as limitações da xilografia.

3. Gutenberg inventou a prensa tipográfica adaptando uma prensa que servia para produzir vinhos. Assim, conseguiu unir o papel, a tinta e o tipo móvel em um processo mecânico que possibilitou a produção de cópias com rapidez. Explique o que a invenção de Gutenberg significou para a história e fale sobre a impressão da Bíblia de 42 linhas.


4. A invenção da tipografia impulsionou a criação do que hoje conhecemos como mídia impressa. As chamadas relações foram o embrião do jornal impresso. Defina o que eram as relações e como elas se tornaram jornais periódicos.

Atividades Complementares NEAD - Elvis

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE BRASIL – UNIBAN

CURSO: PUBLICIDADE - SÉRIE: 1° ANO - HISTÓRIA DA ARTE

PROFESSOR: ELVIS AFONSO MARÇO /2010

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Aponte e explique as principais características da arte rupestre produzida durante o período Paleolítico. Podemos considerar a arte rupestre efetivamente como manifestação pura e simplesmente estética ou esta é sobre tudo funcional? Explique.

2. Quais as diferenças estéticas e formais existentes entre a produção de arte no Paleolítico e Neolítico? O que caracteriza os grupos humanos do Neolítico? Cite exemplos.

3. É sabido que os povos que habitaram a antiga Mesopotâmia foram combatentes ativos ao longo de toda a construção daquela civilização. Explique os motivos que normalmente levavam estas sociedades à guerra e, como a arte fora utilizada para compor tais cenários de poder e domínio?

4. Quais os principais materiais utilizados pelas culturas da Mesopotâmia e qual é a relação destes com a paisagem, clima e expressão artística (plástica)?

5. Aponte as diferenças básicas existentes entre a produção de arte na Mesopotâmia com a dos povos do Nilo. Mínimo de três características distintas.

6. O belo na arte egípcia era efetivamente uma necessidade primordial ou as funções da arte e as sua aplicações (independente do valor estético e visual), eram de fato mais significativos? Explique.

7. O que é a lei da frontalidade? Tais regras de representação propunham uma arte focada na direção da propaganda e publicidade dos monarcas (faraós)? Explique.

8. Explique brevemente o conceito de naturalismo e verossimilhança presente e enfatizada na produção da Arte Grega Clássica.

Atividades Complementares NEAD - Ráriton

Redação na comunicação - Ráriton

1º exercício de fixação
Temas: Elementos da Comunicação e funções de linguagem. Interpretação textual.

1)
A - Leia o poema “A Tecelã” de Mauro Mota:
Texto I - “A Tecelã”


Toca a sereia na fábrica,
e o apito como um chicote
bate na manhã nascente
e bate na tua cama
no sono da madrugada.

Ternuras da áspera lona
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama.
Às pressas tomas o banho,
tomas teu café com pão,
tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.

Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
contendo a mesma ração
do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.

De tudo quanto ele pede,
dás só bom-dia ao patrão
e recomeças a luta
na engrenagem da fiação.

Ai, tecelã sem memória,
de onde veio esse algodão?
Lembras o avô semeador
com as sementes na mão
e os cultivadores pais?
Perdidos na plantação
ficaram teus ancestrais.

Plantaram muito. O algodão
nasceu também na cabeça,
cresceu no peito e na cara.

Dispersiva tecelã,
esse algodão, quem colheu?
Tuas pequenas irmãs,
deixando a infância colhida
e o suor infantil e o tempo
na roda da bolandeira
para fazer-te fiandeira.

Ai, tecelã perdulária,
esse algodão, quem colheu?
Muito embora nada tenhas,
estás tecendo o que é teu.

Teces tecendo a ti mesma
na imensa maquinaria,
como se entrasse inteira
na boca do tear e desses
a cor do rosto e dos olhos
e o teu sangue à estamparia.

Os fios dos teus cabelos
entrelaças nesses fios,
e outros fios dolorosos
dos nervos de fibra longa.

Ó tecelã perdulária,
enroscas-te em tanta gente
com os ademanes ofídicos
da serpentaria multifária.

A multidão dos tecidos
exige-te esse tributo.
Para ti, nem sombra ao menos
um pano preto de luto.

Vestes as moças da tua
idade e dos teus anseios,
mas livres da maldição
do teu salário mensal,
com o desconto compulsório,
com os infalíveis cortes
de uma teórica assistência,
que não chega na doença,
nem chega na morte.

Com essa policromia
iluminas os passeios,
brilhas nos corpos alheios.
E essas moças desconhecem
o teu sofrimento têxtil,
teu desespero fabril.

Teces os vestidos, teces
agasalhos e camisas,
os lenços especialmente
para adeus, choro e coriza.
Teces toalhas de mesa,
e a tua mesa vazia.

Toca a sereia da fábrica,
e o apito como um chicote
bate neste fim de tarde,
bate no rosto da lua.
Vais de novo para o bote.
Navegam fome e cansaço
nas águas negras do rio.

Há muita gente na rua
parada no meio-fio,
Nem liga importância à tua
blusa de operária.
Vestes o Recife, e voltas
para casa quase nua.


O poema “A tecelã” (1956), de Mauro Mota, liga-se a um momento histórico de meados do século XX. Em virtude da tardia industrialização brasileira apresenta uma mulher operária que muito labuta para pouco receber, em condições de trabalho – e de vida – mais do que precárias. MOTA empresta ao respectivo poema um ar de denúncia, sem deixar de lado um forte sentimento lírico, expresso pelo sentimento de comiseração do eu-poético em relação à personagem de que trata. De caráter cíclico, o poema começa e termina com o toque da “sereia na fábrica”, marcando o início e o fim da jornada de trabalho da tecelã. Jornada que muito cedo começa (“na manhã nascente”) e que só vem a terminar ao fim da tarde, com o apito a bater “no rosto da lua”.

EXPLORANDO O TEXTO

1) Em que pessoa do discurso está centrado o texto? Justifique com palavras ou expressões do poema.
2) Considerando o esquema dos seis elementos da comunicação e das funções da linguagem, você diria que, além da função poética, qual outra função predomina no texto? Justifique sua resposta.
3) Este poema procura mexer com a operária, despertar sua consciência ao mostrar que é ela quem transforma uma matéria-prima em produto, matéria-prima produzida por seus parentes, mas não é ela quem consome o produto. Justifique esta afirmação.
4) “Plantaram muito. O algodão
nasceu também na cabeça,
cresceu no peito e na cara”
Comente estes versos (interprete-os)


B - Leia a composição musical: Três apitos (1933) de Noel Rosa, interpretada por Tom Jobim:

Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você
Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
E está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito de uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito
Da buzina do meu carro
Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé no agasalho
Nem no frio você crê
Mas você é mesmo artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente
Que dá ordens a você
Sou do sereno poeta muito soturno
Vou virar guarda-noturno
E você sabe porque
Mas você não sabe
É que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos pra você

a) Em que pessoa está escrito o texto? Justifique com palavras retiradas do próprio texto.
b) Aponte duas circunstâncias que distanciam o falante da destinatária da mensagem.
c) A prosopopéia (ou personificação) consiste em atribuir características de seres animados a seres inanimados. Aponte uma prosopopéia presente no texto.
d) Quando o poeta escreve “sou sereno”, está criando uma metonímia, ou seja, a palavra “sereno” está empregada no lugar de outra palavra com a qual mantém certa relação. Qual seria essa outra palavra?
e) “Reclame” é um galicismo, isto é, uma palavra de origem francesa. Observando o contexto, substitua a palavra “reclame” por outra, de emprego mais atual.
f) Por que o falante afirma que vai “virar guarda noturno”
g) Aponte duas situações em comum na vida da operária de “A tecelã” e da operária de “Três apitos”.
h) Além da função poética, que outras funções de linguagem podem ser percebidas no texto?



Pesquisas para elaboração de exercício:
www.moisesneto.com.br/antony.pdf (Dissertação Antony Bezerra)
Livro: Redação de Ernani Terra e José de Nicola.


2) Pesquise exemplos de ocorrência de predomínio de cada uma das funções da linguagem (emotiva, conativa, referencial, fática, metalinguística e poética) em textos publicados em jornais, revistas ou internet. Identifique a função de linguagem encontrada e justifique.