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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciencias Sociais 22/04

Cientificismo, ilustração e darwinismo social

(Resumo dos capítulos 2 e 3 do livro Sociologia: uma introdução à ciência da sociedade, Cristina Costa, Editora Moderna, 2005)

Uma nova etapa no pensamento burguês

- Transição da sociedade medieval para o capitalismo moderno, que é um sistema econômico focado na produção e na troca, na expansão comercial, na circulação crescente de mercadorias e de bens materiais.

- Rompe-se a ordem feudal estamental e fundiária e emergia uma sociedade individualista e financista

- O homem medieval: espiritualista, contido e gregário.

- O homem moderno ama a vida, busca a satisfação de suas necessidades de forma individual e cultiva sua subjetividade.

- As cidades ganharam vida: urbanização.

- Vida terrena e material: as preocupações com a vida após a morte e com as verdades transcendentais passam para o segundo plano.

- Mudança no lucro: da economia de subsistência à economia financista, ou seja, descobrir qual é o valor máximo que os compradores se mostram dispostos a pagar pelos produtos.

- As grandes navegações ocorreram nesse cenário.

O cientificismo

- O comércio realizado pelos burgueses acaba por influenciar a produção e estimulá-la.

- Máquina = planejamento e racionalidade.

- O conhecimento se desprende também do visível para apreender realidades interiores e invisíveis, só discerníveis pelo uso adequado da investigação racional.

A sociedade inteligível (passível do conhecimento pelo homem)

- Individualismo e laicidade: a curiosidade científica se dirige compreensão da sociedade, que passa a ser vista como uma realidade diferente e própria, sobre a qual interferem os homens como agentes.

- A república e a monarquia são encaradas como formas de intervenção do homem na realidade e não como resultado do acaso ou do destino da humanidade.

- Nação: conjunto organizado de relações intersocietárias.

- A Ilustração, movimento filosófico que sucedeu o Renascimento, ba­seava-se na firme convicção da razão como fonte de conhecimento, na crítica a toda adesão ao obscurantismo e a toda crença sem fundamentos racionais, assim como na incessante busca pela realização humana.

-A sociedade como um organismo vivo, ou seja, composto de partes interdependentes, cada uma delas com características e necessidades próprias.

- Os filósofos da Ilustração aprofundam o estudo das relações sociais, o desenvolvimento das análises abstratas da realidade e a capacidade de criar modelos explicativos para o funcionamento da vida social.

A emergência do pensamento social em bases científicas

Por trás da ação política propriamente dita havia todo um questionamento a respeito das peculiaridades da vida humana e da sociedade. Essa filosofia social gerou tendências e escolas de pensamen­to que desembocaram nas primeiras formulações sociológicas. Vejamos quais foram essas propostas e como pensaram a vida social.

As consequências do desenvolvimento econômico e científico são o umperalismo e superprodução: ultrapassar os limites da Europa era a única saída para garantir a sobrevivência das indústrias e os lucros dos bancos.

Darwinismo

Os países europeus tiveram de lidar com civilizações organizadas sob princípios diferentes dos seus, como o politeísmo, a poligamia, formas de poder tradicionais, castas sociais sem qualquer tipo de mobilidade, economia baseada na agricultura de subsistência, no pequeno comércio local e no artesanato doméstico, características que rotularam como incivilizadas.

Daí os europeus dizerem que ao colonizarem novas regiões empreendiam uma "missão civilizadora".

Para explicar a evolução biológica das espécies animais, Charles Darwin obsevou que a seleção natural pressiona as espécies no sentido da sua adaptação ao ambiente, obrigando-as a se transformar continuamente com a finalidade de se aperfeiçoar e garantir a sobrevivência.

Em conseqüência, os organismos tendem a se adaptar cada vez melhor ao ambiente, criando formas mais complexas e avançadas de vida, que possibilitam, pela competição natural, a sobrevivência dos seres mais aptos e evoluídos.

Darwinismo social

Baseia-se no princípio de que as sociedades se modificam e se desenvolvem de forma semelhante aos organismos biológicos, e que as transformações seriam sempre a passagem de um estágio inferior para um superior, no qual o organismo social se mostraria mais evoluído, adaptado e complexo.

Povos “incivilizados” = "fósseis vivos", exemplares de estágios anteriores, "primitivos" do passado da humanidade.

Organicismo: defende que existem caracteres universais presentes nos mais diversos organismos vivos, dispostos sob a forma de órgãos e sistemas, cuja função principal é a preservação do tecido social. procura estabelecer a semelhança entre leis biológicas e leis sociais, entre hereditariedade e história.

Crítica ao darwinismo social

A transposição de conceitos físicos e biológicos para o estudo das sociedades e do comportamento humano causou erros interpretativos graves ao submeter a complexidade da cultura humana à ação da lei de seleção natural.

Duas formas de avaliar as mudanças sociais

"Ordem e progresso": dois tipos desejáveis de transformação social.

Progresso: O caminho à evolução: as sociedades se transformam segundo a lei universal da evolução, evoluindo da mais simples à mais complexa, da menos avançada à mais evoluída.

Ordem: Ajustar todos os indivíduos às condições estabelecidas como civilizadas, para garantir o melhor funcionamento da sociedade, o bem-comum e os anseios da maioria da população.

Conclusão os movimentos reivindicatórios, os conflitos, as revoltas deveriam ser contidos sempre que pusessem em risco a ordem estabelecida ou o funcionamento da sociedade, ou quando prejudicassem o progresso.

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